Semana 41: Não Se
Deixar Corromper
Na quadragésima primeira semana no Perek Shirá a raposa avisa que será
punido aquele que constrói sua casa sem retidão e seus terraços sem justiça;
que faz seu semelhante trabalhar de graça e não lhe entrega seu salário
(Jeremias 22:13). Esta semana é marcada pelo dia de 17 de Tamuz, quando começamos a contagem das três semanas de luto
conectadas à destruição do Templo. Esta destruição da casa de D’us ocorreu em
razão da injustiça daquela época. Esta semana também inclui a festa chassídica
de Yud Beit/Yud Gimmel Tamuz (12 e 13
de Tamuz), aniversário e dia de
redenção do Sexto Rebbe de Lubavitch, Yosef Yitzchak Schneerson.[1]
A raposa é o
símbolo da destruição do Templo, conforme descrito no Talmud, no final do tratado de Makkot.
Lá se conta que vários rabinos da época da destruição do Segundo Templo, viram
uma raposa entrar no local onde ficava a parte mais sagrada do Templo. Neste
trecho, o Talmud relata como Rabi
Akiva consegue ver estes acontecimentos com bons olhos e com otimismo, ao ponto
de começar a rir, enquanto os outros rabinos estavam chorando. Ao explicar o
riso, Rabi Akiva consegue consolar os outros rabinos.
Os dias 12 e 13 de
Tamuz marcam o momento em que o Sexto
Rebbe de Lubavitch desafiou o império soviético da época e venceu. Anos depois,
a União Soviética em si, marcada pela injustiça e falta de retidão desmoronou,
assim como o muro de Berlim. O sétimo Rebbe, Menachem Mendel Schneerson previu
este acontecimento muitos anos antes.
Rabi Yochanán
HaSandlar ensinou através do Pirkê Avot
que toda a assembléia por amor ao Céu
obterá resultados duradouros, mas aquela que não for por amor ao Céu não os obterá
(Cap. IV:11). O ensinamento de Rabi Yochanán é muito similar ao verso da
raposa. Ele está discutindo a importância de não se corromper e se dividir por
motivações pessoais. A firmeza da comunidade vem através de mantermos os
princípios, e agir de acordo com a vontade de D’us. O melhor exemplo disso é o
próprio Sexto Rebbe de Lubavitch, que conseguiu que a religião judaica se
mantivesse em plena opressão comunista. Sabemos que quando não seguimos a
palavra de D’us, a comunidade inteira sofre e nossas estruturas não sobrevivem,
como ocorreu em 17 do mês de Tamuz.
A combinação das sefirot resulta em yesod shebeyesod, isto é, firmeza absoluta em nossa base judaica,
para que a fundação representada pela casa e comunidade continue no caminho de D’us.
A lição de auto-aprimoramento
que obtemos da raposa é a de que devemos praticar o bem e não nos deixar
entorpecer por oportunidades desonestas e imediatistas. Se caminharmos com as
lições da Torá , nossa casa será mais sólida e segura.
[1] Quando damos a cada dia
do ano uma combinação de sefirot, o dia 12 de Tammuz resulta em guevurá
shebeyesod shebeyesod. O Rebbe Yosef Yitzchak foi o Sexto Rebbe, e como
explicado, yesod é a sexta sefirá. Além disto, Yosef representa a sefirá yesod e Yitzchak a sefirá
guevurá. Vale notar que este livro
foi concluído nesta data.
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