Semana
35: Agradecer a D’us com União
Na
trigésima quinta semana no Perek
Shirá os animais selvagens, chayot, cantam que D’us é bom e concede
o bem (Talmud, Berachot 48b). Nesta semana ocorrem as festividades de Yom
Yerushalayim e Rosh Chodesh Sivan. O mês de Sivan é ligado a
tribo de Zevulun, que tem como qualidade maior a habilidade comercial, ou seja,
a capacidade de ser bem sucedido dentro do mundo de “capitalismo selvagem”.
O
canto dos animais selvagens é a essência do que é louvar a D’us. Usamos essas
palavras na benção que dirigimos a Ele quando algo muito bom nos acontece. O
fato de que esses animais, apesar de selvagens, consigam cantar todos juntos é
excepcional, e está relacionado a Rosh Chodesh Sivan. Sivan
é marcado pelo recebimento da Torá, e também pela união do Povo Judeu.
Foi em Rosh Chodesh Sivan que todo Povo acampou no Monte Sinai “como um
só indivíduo, com um só coração”. Esta união também é simbolizada pelo signo do
zodíaco deste mês: gêmeos.
A
festividade de Yom Yerushalayim representa a comemoração da Guerra de
Seis Dias, quando Israel teve uma vitória milagrosa e Jerusalém foi
reunificada. O termo Yom Yerushalyaim mencionado nos Salmos, expressa
uma referência a destruição de Jerusalém, acontecimento tido como muito ruim.
Depois de 1967, o termo Yom Yerushalayim tornou-se sinônimo de um dia
bom e feliz, para o qual o canto dos animais selvagens é bastante apropriado.
O Pirkê Avot desta semana nos
ensina através da lição do Rabi Tsadok para que não nos separemos da
comunidade, não atuemos como conselheiros quando formos juizes, e não façamos
da Torá uma coroa para nos
engrandecermos com ela, nem em um machado para cortar (Cap. 4-5). A afirmação
de Rabi Tsadok está diretamente ligada ao recebimento da Torá e à ideia
de união entre judeus enfatizada em Rosh Chodesh Sivan.
Rabi Tsadok jejuou por quarenta anos
para que o Templo em Jerusalém não fosse destruído. Rabi Yochanan ben Zakkai se
pronunciou sobre o Rabi Tsadok afirmando que se houvesse mais um tsadik como ele, Jerusalém não teria
sido destruída. Neste sentido, quão apropriado termos Rabi Tsadok como o rabino
da semana da festividade de Yom Yerushalayim!
A
combinação das sefirot desta semana resulta em malchut shebehod.
Nesta semana, trazemos o serviço divino para a realidade. A lição de autoaperfeiçoamento
que podemos extrair do louvor a D’us pelos animais selvagens é a de que tudo
que D’us faz é para o bem; acontecimentos que parecem ruins podem futuramente
se tornar bons.
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