Semana
30: Saber que o Mundo Precisa de Mais Amor e Respeito
Na
trigésima semana, quando ocorre o yahrzeit
de Yehoshua e Yom HaShoá, é a vez
do camelo no Perek Shirá atestar que do alto ruge o Eterno e faz ouvir
Sua voz por causa de Sua santa Habitação (Jeremias 25:30). A canção do camelo
conta de como D’us lamenta a
destruição do Templo. O povo terá que sobreviver por um longo período sem esta
fonte básica, tal qual um camelo sobrevive quando não tem água para beber. Nissan
é o mês da redenção, tanto do Egito, como da redenção futura. Tal qual em Pessach,
quando deixamos um ovo no prato de Seder como símbolo de luto para lembrarmos da destruição de Templo, o
camelo vem para lembrar que a redenção final não chegou.
Como explica o
mesmo Midrash mencionado na semana vinte
e oito, o camelo representa o exílio da Babilônia, quando o Primeiro Templo foi
destruído. Além disso, o camelo é uma referência a Ismael.[1] Terminamos o mês de Nissan vivenciando a libertação de todos
os exílios que o Povo de Israel já sofreu, esperando de forma redobrada sair do
nosso exílio atual.
No Pirkê Avot desta semana Ben Zomá nos
ensina: “Quem é sábio? Aquele que aprende de cada pessoa... Quem é forte?
Aquele que conquista a sua má inclinação... Quem é rico? Aquele que está
contente com sua porção [sorte]. (Cap. IV:1). Estas três qualidades estão
ligadas a Yehoshua, cuja sabedoria representava os pensamentos de cada judeu,[2]
além de ter liderado o povo na conquista da Terra de Israel,são partilhadas suas
porções entre as tribos.
Este ensinamento
está relacionado aos eventos trágicos ligados à contagem do ômer, que continua durante esta semana.
A morte dos 24,000 discípulos do Rabi Akiva foi causada pela dificuldade que
tiveram em respeitar e aprender das diferentes interpretações de cada colega de
estudo de Torá.
A destruição do
Segundo Templo e o exílio no qual nos encontramos até os dias de hoje, foram causados
por ódio gratuito. Sairemos finalmente
deste exílio através de amor gratuito por cada indivíduo.
Nesta semana a
combinação das sefirot do ano resulta em guevurá shebehod. A contagem do ômer,
especialmente depois que termina Pessach e o mês de Nissan, é um período de luto, potencialmente
difícil, que requer força e disciplina para dominarmos a má inclinação.
A lição de
auto-aprimoramento que extraímos do camelo é a de que precisamos lembrar sempre
da nossa missão: criar uma moradia para D’us
neste mundo material, começando por criar um espaço sagrado para Ele dentro de nós.
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