Semana 32: Reconhecer Como Somos
Pequenos e Como D’us é Grande
Na
semana trinta e dois do mês de Iyar,
no Perek Shirá, a mula declara que todos os reis da terra reconhecerão
as palavras de D’us (Salmo 138:4). Esta semana continua ligada a Yom
Ha’Atsmaút. Nesta data também se comemora o reconhecimento do direito do Povo
de Israel sobre a Terra de Israel pelos líderes das nações,
representados nas Nações Unidas. O mundo custou para entender o direito do
Povo Judeu à Terra de Israel, mas ao menos nesta data isto foi mundialmente reconhecido.
Podemos
ligar o cântico da mula à história de Bilaam. Nela, tanto Bilaam, quanto o rei
Balak, fizeram de tudo para tirar do Povo de Israel a
terra prometida a Abrahão. O Pirkê Avot
ensina que Bilaam e Abrahão são pólos opostos. Enquanto Abrahão era humilde e a
maior fonte de benção, Bilaam era arrogante e a maior fonte de maldição. A Torá descreve que Bilaam, acompanhado de
sua mula falante, tentou amaldiçoar o Povo de Israel, mas acabou sendo forçado
a reconhecer sua glória, abençoando-o maravilhosamente.
O Pirkê
Avot desta semana é sobre a importância de ser muito humilde. Rabi
Levitas de Yavne ensina que sejamos de
espírito sumamente humilde, pois a esperança do ser humano mortal é [ser a
comida de] vermes (Cap. IV:4). Isto lembra
bastante a frase talvez mais essencial dita por Abrahão: "sou como pó e
cinzas". Pó, porque o homem vem do pó e a ele voltará. E cinzas porque, Abrahão
e Sara eram estéreis e não podiam ter filhos, tal qual
a mula. Entretanto, D’us é capaz de tudo... dar filhos a Abrahão e
Sara, fazer uma mula falar, e até fazer com que Bilaam abençoe
Israel!
Nesta semana a
combinação das sefirot resulta em netzach shebehod, pois é
necessário persistência para obtenção da vitória junto ao serviço de D’us. A mula contém este aspecto de
obstinação e persistência; netzach.
Uma lição que se
depreende da mula é a de que mesmo os ricos e poderosos têm que entender que
estão subjugados a D’us. Assim,
temos que lembrar de agradecer a D’us nos momentos bons, e não apenas naqueles
difíceis em que clamamos por cura. D’us
paira e controla a tudo e a todos, sem distinção de classe ou cor.
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