Semana
23: Ser Feliz Sem Precisar Entender o Porquê Das Coisas
E
chegamos a vigésima terceira semana quando no Perek Shirá o leviatã pede
que rendam graças ao Eterno porque Ele é bom e porque é eterna Sua misericórdia
(136:1). Esta semana marca o dia sete de Adar, data do aniversário e
também do yahrzeit de Moisés.
O leviatã é uma
referência ao próprio Moisés. De modo
abrangente, peixe representa tzadik e Moisés é o maior dos tzadikim.[1]
O leviatã, o maior dos peixes, e o de relação mais íntima e misteriosa com
D’us, louva-O e pede que outros O louvem.
O leviatã
representa a idéia de dualidade e relacionamento pois ele foi criado macho e
fêmea. Contudo, de modo a obter equilíbrio no mundo, D’us teve que deixar que a fêmea morresse antes que eles se
reproduzissem. Apesar desta tragédia, o leviatã ainda canta sobre a bondade
divina. O leviatã sabe perfeitamente que tudo que D’us faz é para o bem.
O Pirkê Avot
desta semana está no ensinamento do Rabi Chaniná ben Dossá que diz que todo
aquele cujo temor ao pecado é maior que a sua sabedoria, sua sabedoria
perdurará; mas todo aquele cuja sabedoria é maior do que seu temor do pecado,
sua sabedoria não perdurará (Cap. III:9). Cumpre notar que este ensinamento se
relaciona perfeitamente com Moisés que mostrou temor a D’us desde sua primeira interação com Ele. A nossa sabedoria
sempre será limitada, então não basta se basear nela para se relacionar
propriamente com D’us.
Ademais, Rabi Chaniná
também ensina que todo aquele que agrada a humanidade, agrada a D’us; e todo
aquele que não agrada a humanidade não agrada a D’us (Cap. III:13). Da mesma
forma, esta lição se aplica a Moisés, cujos atos foram agradáveis tanto para o
Povo Judeu como para D’us.
Nesta vigésima
terceira semana a combinação das sefirot resulta em guevurá
shebenetzach, isto é, a disciplina, julgamento e força na vitória e
determinação. Como já explicamos, Moisés representa a sefirá de netzach e seu falecimento
está conectado com o atributo de guevurá.
Nesta semana, uma
lição que extraímos do leviatã é a de que tudo o que D’us faz é para o bem, e
que devemos confiar plenamente em Sua bondade.
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