Semana 20: Sermos Confiantes, Equilibrados e Generosos
A aranha é o vigésimo animal do Perek
Shirá que brada ao Povo de Israel para que O louve com o clangor de
címbalos; louve-O com altissonantes trombetas (Salmo 150:5). Nesta semana celebramos Tu B’Shvat, ano novo das árvores.
Para o Rei David, a quem o Perek Shirá é
atribuído, a aranha tem um significado muito especial. O Midrash ensina que David se perguntou porque D’us fez a aranha. O
motivo foi compreendido muito depois, quando fugindo do Rei Saul, entrou numa
caverna. Nesse momento, milagrosamente, uma aranha teceu uma teia na entrada.
Quando os homens de Saul passaram e viram aquela teia, concluiram que ninguém
poderia ter entrado na caverna recentemente. Então partiram, sem se preocupar
em vistoriar a caverna. A teia de aranha não só salvou a vida do Rei David, mas
também o fez entender que tudo que D’us faz tem um propósito glorioso. Talvez tenha
sido por isso que o Rei David destinou o verso da aranha no Perek Shirá para
a semana de Tu B'Shvat, ponto alto da
celebração da natureza no judaísmo. O versículo da aranha vem do Salmo 150 - o último do Livro dos Salmos -, que serve como
ápice do louvor à D’us.
A teia é um
exemplo de equilíbrio como a árvore. Os dois são testemunhos da grandeza de D’us e complexidade de Sua criação. Certas
árvores e a teia de aranha são delicadas mas aguentam ventos fortes! Uma das
razões para isso é que tanto a árvore como a teia de aranha absorvem o impacto
do vento com equilíbrio e flexibilidade, sem se quebrar ou cair.
O Pirkê Avot
desta semana está no ensinamento do Rabi Elazar de Bartota que disse: dá a Ele
do que é Seu, pois tu e tudo que é teu é d’Ele; assim disse David: tudo nos vem
de Ti, e da Tua mão damos para Ti (Cap.
III: 7, I Livro de Crônicas 29:14). Nesta semana de Tu B’Shvat lembramos
dos frutos do dízimo. Através
da natureza, D’us nos
presenteia com frutos. Assim, nada mais natural que, em retorno, ofertemos uma
parte desses frutos de volta a Ele.
Nesta semana o
produto final entre as sefirot resulta em yesod shebetiferet. Tu
B’Shvat e as árvores representam os conceitos desta combinação: fundação,
beleza e equilíbrio.
Portanto, uma
lição que se depreende da aranha é a de que, com confiança total, voz alta e
firme (como o tilintar dos címbalos), podemos servir de exemplo, ajudar e
influenciar outros a acreditar que tudo tem uma razão de ser.
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