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Sunday, January 11, 2009

Semana 50: Saber Que Não Há Limites Para Crescimento e Aproximação com D’us


Semana 50: Saber Que Não Há Limites Para Crescimento e Aproximação com D’us

As três semanas de 50 a 52 representam “Shavuot,” onde nos é ofertado um nível mais elevado das sefirot intelectuais: chochmá, biná e da’at. Esta primeira semana está ligada a sefirá de chochmá.
Na  quinquagésima semana, que marca Chai Elul, no Perek Shirá é chegada a hora da formiga ensinar ao preguiçoso para aprender de seus caminhos e adquirir sabedoria (Provérbios 6:6). Conforme mencionado durante a décima segunda semana, o Chassidismo acende um fogo interior na pessoa, como se fora um despertar, para que possamos servir a D’us propriamente, como faz a formiga.[1]
Chai Elul é a data do nascimento do Baal Shem Tov e do Alter Rebbe de Lubavitch. Ba’al Shem Tov foi o fundador do Chassidismo, que nos revelou segredos da Torá necessários para servir a D’us em um nível mais elevado. O Alter Rebbe, que se considerava o neto espiritual do Ba’al Shem Tov, deu prosseguimento a essa difusão de conhecimentos, fundando o Chassidismo Chabad. Conforme explicado, Chabad é o acrônimo das palavras chochmá, biná e da’at, respectivamente, sabedoria, compreensão e conhecimento. O objetivo primordial do Chabad é o de trazer luz e calor chassídico ao intelecto, a parte mais fria do ser humano.
A formiga é  um exemplo de animal que  parece não obedecer a parâmetros lógicos. Sua força parece estar acima da compreensão, pois pode carregar objetos dezenas de vezes maiores que seu peso. Na medida em que estamos conectados com D’us, que tudo pode, recebemos força para trilharmos caminhos até então impossíveis. A força de Chai Elul, data ligada a uma nova aproximação com  D’us, e a tantos milagres que aconteceram com o Baal Shem Tov e o Alter Rebbe, também é algo muito acima da nossa compreensão.
No Pirkê Avot, Elishá ben Avuiá dizia que quem aprender a Lei Divina na juventude, a que se parece? A tinta escrita em papel novo. E o que a estuda já velho, a que se assemelha? A tinta escrita em papel que foi apagado (Cap. IV:20). Esta primeira interação com a Torá está ligada à sefirá de chochmá. Chochmá representa este primeiro contato com a sabedoria, quando temos aquela primeira sensação de que “uma lâmpada acendeu” em nossas mentes.
No Talmud, Elishá ben Avuiá é chamado de Acher – “o outro” – pois foi excomungado pelos rabinos da época. Sua atitude perante D’us foi de tal desrespeito, que uma voz celeste declarou que todos devem fazer teshuvá (retornar a D’us), menos Elishá ben Avuiá.[2]  Ao chegarmos na semana cinqüenta, já sabemos que não é mera coincidência que esta lição cai justo em Chai Elul. A visão chassídica é de sempre tentar ver o lado bom e de procurar mecanismos para que os mais afastados possam fazer teshuvá. Isto já foi demonstrado anteriormente na semana do corvo, semana da Rosh Hashaná da Chassidut, dia 19 de Kislev. O Rebbe de Lubavitch, baseado numa interpretação do Arizal, explica que D’us aceita até mesmo o arrependimento de Acher.[3]
Esta lição de Acher também está conectada com a formiga. Por mais que a formiga tenha qualidades maravilhosas como apontado antes, ela também é capaz de ter um lado não muito positivo, que é de se achar superior  aos outros. Vemos isto em seu próprio canto, ao chamar o outro de preguiçoso e louvar as suas próprias qualidades. No Judaísmo, algo pior que pecar, é ser arrogante. Sobre alguém arrogante, D’us diz que “Eu e ele não podemos morar juntos”. Isto é algo seríssimo, que o Chassidismo também veio para consertar. Há um ditado muito conhecido de um dos mais extraordinários chassidim do Chabad, Reb Hillel Paritcher. Diz ele que antes de ser chassid, ele se considerava um tzadik. Ao começar a estudar o Tanya, principal obra do Alter Rebbe, pensou: “quem me dera ser uma pessoa mediana (beinoni)!”
O próprio Alter Rebbe, no discurso chassídico ao ser libertado da prisão no dia 19 de Kislev, enfatiza a importância da humildade. Neste discurso, chamado Katonti, o Alter Rebbe explica que a reação correta ao obter sucesso é  perceber a bondade de D’us e sentir gratidão. Cada vez que nos aproximamos de D’us entendemos melhor como somos pequenos em relação a Ele.
No final do primeiro capítulo do Tanya, o Alter Rebbe explica que a impureza, klipá, está ligada aos quatro elementos da natureza: fogo, água, ar, e terra. O fogo representa raiva, e também arrogância (formiga). A água representa os prazeres físicos (cobra). O ar representa a indiferença e a ironia (escorpião). A terra representa a tristeza e a preguiça (a lesma). Depois das primeiras quatro semanas ligadas ao mês de Elul, temos a oportunidade de nos arrepender pelas más ações ligadas a todos estes elementos.
Nesta semana, conectada a sefirá chochmá, o grande “presente” de autoaprimoramento aprendido com a formiga é que não há limites para aproximação com D’us. Como ela, podemos ser exemplos edificantes para pessoas que ainda não atingiram níveis mais elevados de judaísmo.



[1] Hayom Yom, 17 de Av, p. 79a
[2] Talmud Yerushalmi, Chagigá 77B
[3]  Marcus, p. 151

Thursday, January 8, 2009

Semana 51: Compreender Que Somos Todos Uma Só Alma

Semana 51: Compreender Que Somos Todos Uma Só Alma

E na  quinquagésima primeira semana, ainda no mês de Elul, é a ratazana (chuldá) quem clama para que todos os seres vivos louvem ao Eterno: Haleluiá!! (Salmo 150:6). Esta é uma referência ao poder de arrependimento ligado ao mês de Elul. Outrossim, é notório que na era messiânica todos os seres, mesmo os mais baixos, irão abertamente louvar a D’us. Interessante notar que, em certos anos, parte da semana cinquenta e um  também coincide com a semana de Rosh HaShaná, semana um, do próximo ano. Rosh Hashaná está conectado com o conceito de todo ser vivo louvar a D’us.
Chuldá é o nome de uma das sete mulheres profetizas mencionadas no Tanach. Ela foi a última a profetizar antes do exílio Babilônico, sobre a queda da dinastia do Rei David. A dinastia havia sido extremamente corrompida, e a profecia de Chuldá é muito forte e incriminadora. A origem etimológica da palvara chuldá vem de chaled, cuja expressão em hebraico significa terra decadente.
A ratazana representa corrupção e decadência, tanto na civilização, como na natureza. O que é tão bonito no canto da ratazana é a descrição da redenção e como se redimir deste estado decadente. Como explicado na semana sete, Noé se isolou dos demais e não rezou por eles. Por este motivo, foi parcialmente tido como culpado pelo Dilúvio por D’us. Antes o mundo foi destruido como uma só entidade,mas no futuro cantaremos todos juntos, nos responsabilizando uns pelos outros, e louvando a D’us de forma unida.
No cântico da ratazana, a palavra para ser vivo é neshamá, que literalmente significa alma. Neste verso, a palavra está no singular, quando em hebraico seria mais apropriado dizê-la na forma plural. A explicação para isto é simples: todos nós somos no fundo uma única alma, parte e fragmento de D’us. O cântico da ratazana pode ser interpretado como o louvor a D’us por parte de todos os seres em unicidade, sem exceção.
No Pirkê Avot desta semana Rabi Yossi benYehudá, proveniente da Babilônia, dizia que quem aprender a Lei Divina com homens novos é como se comesse uvas verdes e bebesse vinho saído do lagar; porém os que aprendem com mestres idosos, é como se comessem uvas maduras e bebessem vinho velho (Cap. IV:20).
A afirmativa de Rabi Yossi compara o aprendizado das idéias extraídas da Torá com o vinho. Este cotejo está relacionado com a sefirá de biná, a sefirá intelectual desta semana. Depois de “acesa a lâmpada” da chochmá da semana anterior, o conceito é digerido intelectualmente, até ser devidamente absorvido, como na fermentação do vinho.
Como mencionado, esta semana está conectada à “Shavuot”. O “presente” de autoaprimoramento que aprendemos com a ratazana é o de que qualquer pessoa pode se conectar diretamente com D’us. Isto ocorre de forma natural, sem necessidade de intermediários; assim como a própria respiração. 

Monday, January 5, 2009

Semana 52: Coroar D’us como Nosso Rei

Semana 52: Coroar D’us como Nosso Rei

Finalmente, chegamos à última semana, quinquagésima segunda, quando os cachorros clamam a todos para que adorem e prostem-se em reverência ao Eterno Criador (Salmo 95:6). Esta semana coincide com o periodo de Rosh Hashaná do ano seguinte. Note-se que o número cinquenta e dois tem a guematria da palavra cachorro em hebraico.
O canto dos cachorros é uma referência ao objetivo principal de Rosh Hashaná: coroação de D’us, nosso Criador, como Rei do Universo. Rosh Hashaná e Yom Kippur são as únicas épocas do ano em que os judeus literalmente se ajoelham e se prostram diante de D’us. De fato, se prostrar é um sinal de submeter nosso intelecto, já que a cabeça vai ao chão. O cachorro, kelev em hebraico, tem esta característica, pois seu nome significa “kulo lev, “todo coração.” Seu coração domina totalmente seu raciocínio. Existe um conceito básico no chassidismo, que o intelecto sempre domina o coração. Contudo, quando se está diante de D’us, entendemos que o intelecto é nada comparado a Ele.
Na cabalá, o cachorro representa o conceito de impureza. O cachorro é só coração, e normalmente atos impuros têm uma ligação com o lado emocional. A conclusão do Perek Shirá contém uma explicação dada por um anjo ao Rabino Yeshaya, aluno do Rabino Chanina Ben Dosa, do motivo da inclusão do cachorro neste livro. O anjo explica que os cachorros se comportaram bem durante a saída dos judeus do Egito, se mantendo calados, sem latir. Assim como na redenção do Egito, com a chegada de Mashiach, toda impureza será nulificada e elevada para o cumprimento de Torá e mitzvot. Já vemos parte disto nos tempos atuais, onde o cachorro não é mais conhecido por sua impureza, mais sim como o “melhor amigo do homem”, fiel e leal. A propósito, a chegada de Mashiach será anunciada por Eliyahu, cuja guematria de seu nome equivale ao número cinquenta e dois.
            Nesta semana no Pirkê Avot Rabi Elazar HaCapar ensina que a inveja, tentação, e a busca de honrarias arrebatam o homem do mundo (Cap. IV:21). Rabi Elazar também captou a idéia ligada ao cachorro de aprendermos a controlar emoções negativas. Estes sentimentos passam a ser irracionais quando entendemos que é D’us quem controla o mundo e tudo que Ele faz e comanda é para nosso próprio bem.
Rabi Elazar HaCapar: “aqueles que nascem estão destinados a morrer; aqueles que estão mortos estão destinados a voltar a viver; e aqueles que vivem estão destinados a ser julgados. Saiba, faça conhecer, e tome consciência de que Ele é D’us, Ele é o Modelador, Ele é o Criador, Ele é o Discernidor, Ele é o Juiz, Ele é o Testemunha, Ele é o Litigante, Ele no futuro julgará. Bendito seja Ele, diante de quem não há iniquidade, nem esquecimento, nem parcialidade, nem suborno; e saiba que tudo se faz segundo o cálculo. Que tua má inclinação não te assegure que a tumba será um lugar de refúgio para ti, pois contra tua vontade foste criado, contra tua vontade foste feito nascer, contra tua vontade vives, contra tua vontade morrerás, e contra tua vontade estás destinado a prestar contas perante o supremo Rei dos reis, o Santo, Bendito seja” (Cap. IV:22).
Esta segunda parte é uma descrição perfeita do que é Rosh Hashaná. Com estas palavras, começamos novamente o ciclo do ano e da vida.
As palavras de Rabi Elazar HaCapar estão conectadas com julgamento e da’at, a sefirá desta última semana. Da’at é a aplicação do conhecimento a realidade dos eventos diários. Vejam como a palavra da’at aparece repetidamente neste verso: “saiba, faça conhecer e tome consciência” em hebraico é leidah, lehodiah, le'ivadah, todos verbos que tem da'at na sua raiz etimológica.
A sefirá de da’at também é conhecida como keter, coroa. Na semana de Rosh Hashaná, coroamos D’us como nosso Rei. Temos que entender que nada somos comparados a Ele. Somente Ele decide, julga e cria. Ele D’us é o Rei dos Reis, Abençoado e Único.
Como mencionado, esta semana continua conectada a “Shavuot”. Devemos nos inspirar na lição dos cachorros e aproximar aqueles afastados, para que se dirijam de corpo e alma e louvem ao Criador.


Saturday, January 3, 2009

CONCLUSÃO


CONCLUSÃO

Este guia mostra a conexão entre os dias da contagem do ômer e as semanas do ano. Através dos prismas do Perek Shirá, Pirkê Avot e das sefirot, ele ensina como embarcar nessa jornada de autoanálise e desenvolvimento. Como metas, uma vida mais feliz, harmônica, de constante reconhecimento, gratidão e louvor a D’us, em consonância com o tempo.

Rabi Akiva é  quem melhor representa cada um dos prismas e metas mencionados. Em primeiro lugar, é o rabino mais afetado pela contagem do ômer, pois foi nesse período que seus 24,000 alunos faleceram.

A conexão do Rabi Akiva com o Pirkê Avot é fortíssima. Mesmo depois da perda de seus alunos, não desistiu e formou mais cinco discípulos.[1] Os ensinamentos do Rabi Akiva e desses alunos formam grande parte da tradição judaica, inclusive do Pirkê Avot.

A ligação de Rabi Akiva com as sefirot e a cabalá é bastante clara. Foi o único do grupo de quatro colegas que “mergulhou” espiritualmente no Pardes e sobreviveu com seu intelecto intacto.[2] Pardes significa o “pomar” dos quatro níveis de interpretação da Torá, sendo o mais elevado, a cabalá. Rabi Akiva ensina no Pirkê Avot : “Querido é o ser humano, pois foi criado à imagem [de D’us]; é um carinho ainda maior fazê-lo ciente de que foi criado à imagem [de D’us].”  Como explicado, o entendimento das sefirot é baseado neste conceito.

É impressionante notar que vários dos ensinamentos e histórias de Rabi Akiva incluem animais e refletem as canções encontradas no Perek Shirá. Existe uma clássica narrativa do Talmud ilustrando a afirmativa de que tudo que D’us faz é para o bem. Ela conecta Rabi Akiva com o galo, o burro, o gato, e o leão.

Rabi Akiva estava viajando quando chegou em uma certa cidade. Tendo lhe sido recusada acomodação, retrucou com a célebre frase: “Tudo que D’us faz é para o bem”, e foi passar a noite no campo. Levava consigo um galo, um burro e uma lâmpada. O vento veio e apagou a lâmpada, um gato veio e comeu o galo, e um leão veio e comeu o burro!! Contudo, diante de todos estes obstáculos, Rabi Akiva continuou dizendo que tudo que D’us faz é para o bem. Naquela noite, um exército inimigo invadiu e tomou todos os habitantes da cidade cativos.  Disse então para seus discípulos: “Não expliquei a vocês que tudo que D’us faz é para o bem? Pois, se o vento não tivesse apagado a lâmpada, se o burro tivesse rangido ou o galo cantado, os inimigos teriam me capturado!”[3]

Quando o governo romano proibiu o estudo da Torá, cuja punição era a pena de morte, ainda assim, Rabi Akiva continuou a estudá-la e ensiná-la. Quando indagado se temia o decreto romano, contou a seguinte parábola: a raposa (animal no Perek Shirá que representa a destruição do Templo) estava andando no córrego quando avistou um ajuntamento de peixes (animais no Perek Shirá que representam a habilidade de superar preocupações mundanas). A raposa perguntou aos peixes porque estavam ali aglomerados, ao que responderam que estavam escondidos dos pescadores. A raposa então sugeriu aos peixes que fossem para a terra seca e se juntassem a  ela. Daí, os peixes contestaram afirmando que se não estavam seguros n’água, seu habitat natural, fora d’água seria ainda muito mais perigoso![4]

Apesar de só fazer teshuvá (retornar a D’us) e começar seus estudos aos quarenta anos, Rabi Akiva se transformou em um dos maiores sábios de todos os tempos. Ao ser extremamente torturado, morreu como mártir, louvando e glorificando a D’us, com as palavras do Shemá Israel em sua boca.

Fica o exemplo edificante de Rabi Akiva a ser seguido durante a nossa jornada anual. Ao aperfeiçoar a imagem divina refletida nas sefirot, e aprender através dos sábios e até dos animais,  encontraremos afinal o nosso canto. O canto da alma, do Povo de Israel, da humanidade, e da natureza.[5]

Após a jornada, quando despertarmos em Rosh Hashaná no próximo ano, escutaremos o toque do shofar de forma mais íntima e consciente. Se D’us quiser, em mérito deste esforço, brevemente iremos escutar o toque do shofar feito pelo profeta Eliyahu. Este toque anunciará, finalmente, a chegada de Mashiach, que nos ensinará a cantar com união, de forma ainda mais elevada, com muita saúde, felicidade e paz.











[1] Talmud, Yevamot 62b. Rabbi Shimon Bar Yochai, cujo yahrzeit ocorre em Lag Ba’õmer, Rabbi Meir Ba’al HaNess e Rabbi Yehuda Bar Ilay, cujos yahrzeits ocorrem em Pessach Sheini, foram três destes cinco discípulos.
[2] Talmud, Chagigá 14b
[3] Talmud, Berachot 60b
[4] Talmud, Berachot 61b
[5] Existem textos e conceitos sagrados adicionais que também podem ser compreendidos através do calendário judaico, revelando a energia espiritual de cada semana sobre outros prismas. Com a ajuda de D’us, estes textos serão explorados nos próximos livros desta série.


Friday, January 2, 2009

Apêndice

Apêndice

O Perek Shirá está conectado com a duração do dia, do despertar ao adormecer. Se dividirmos um dia típico de inverno em Israel em cinquenta e duas partes, cada um dos animais listados no Perek Shirá canta por aproximadamente vinte  minutos. Assim, o dia começa com o canto do galo ao amanhecer, o burro “canta” ao pôr do sol, e os cachorros à meia noite.          
O galo é claramente ligado ao tempo em vários lugares da Torá. É ele quem anuncia o sol nascente, como dizemos todos os dias nas bençãos da manhã: "Bendito Seja Você D’us... que dá ao galo o entendimento para discernir entre o dia e a noite".   

Outrossim, cada tipo de animal está ligado aos horários para as diferentes rezas do dia. As aves cantam do amanhecer (primeiro para a reza da manhã) até o meio dia (último horário). Os insetos e os animais marinhos “cantam” da Minchá Gedolá (primeiro horário para a reza da tarde) até antes da Minchá Ketaná (segundo horário para reza da tarde). Os animais da fazenda cantam de Minchá Ketaná até o anoitecer (último horário para reza da tarde). Os animais selvagens, caseiros e os animais restantes cantam do anoitecer (primeiro horário para reza da noite) até meia noite (último horário, veja a Tabela I  para mais detalhes sobre os horários ligados a cada tipo de animal).

            Também é incrível pensar como o dia reflete o ano. Acordamos com o canto do galo, como o shofar em Rosh HaShaná, reconhecendo D’us como Rei, logo na primeria reza do dia, Modeh Ani. Nas rezas matutinas, reconhecemos todas as bençãos materiais e espirituais que D’us dá, desde o próprio canto do galo, até roupas e oportunidades de cumprir mitsvot.

            A seguir, vem a reza da manhã, que normalmente se faz ainda de jejum, como em Yom Kippur. Alguns têm o costume de comer um pouco antes da reza para concentrar-se melhor, assim como é uma mitsvá comer bem nas vésperas de Yom Kippur. Como neste dia sagrado, na reza da manhã nos concentramos puramente no nosso lado espiritual. Depois, vem o estudo da Torá e tomamos café-da-manhã cheios de alegria, como em Sucot. Logo, começamos o dia trazendo a alegria de estarmos conectados com a Torá, disponível a todos, como em Shemini Atseret e Simchat Torá.

            Depois de completo o trabalho espiritual matinal, começamos o trabalho físico de elevar o mundo, como no mês de Cheshvan. Ao cuidar dos afazeres mundanos, tendemos a esquecer da santidade com qual começamos o dia. Nestas horas é preciso ter guevurá, como em Hanuká. Os paralelos entre o ano e o dia continuam até o anoitecer. Antes de dormir, fazemos uma avaliação espiritual do dia, nos preparando para o dia seguinte, tal qual no mês de Elul.

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