Semana
34: Trabalhar de Forma Concentrada e Sem Ego
Na semana trinta e quatro, chegando ao final do mês de
Iyar, no Perek Shirá,
o boi declama que Moisés e os filhos de Israel cantarão este cântico ao Eterno,
e dirão: cantarei ao Eterno, que gloriosamente Se enalteceu; cavalo e seu
cavaleiro jogou no mar (Êxodo 15:1). É interessante lembrar que o mês de Iyar
está ligado no zodíaco ao signo de Touro.
E vejamos que
impressionante: o mês de Iyar começou
com o cavalo e termina com o boi cantando sobre como D’us jogou o cavalo ao
mar! O cavalo representa força, assim como o boi, contudo, de forma
talvez menos direcionada e ligada a D’us.[1]
Aceitar as restrições impostas é a característica do boi, que firme mas
humildemente se conforma com a sua posição, conforme expressa o versículo do Perek Shirá. É a firmeza junto com a
aceitação do jugo do boi, em oposição à força pura do cavalo, que é a mais
preciosa aos olhos de D’us.
A
lição desta semana do Pirkê Avot está no conselho do Rabi Yishmael
quando ensina que aquele que estuda a Torá
para ensinar, a ele é dada a oportunidade de estudar e de ensinar; e aquele que
estuda para praticar (o estudado), a ele é dada a oportunidade de estudar e de
ensinar, de observar e de praticar (Cap. IV:5). As palavras de Rabi Yishmael
estão relacionadas à contagem do ômer
e ao erro dos discípulos de Rabi Akiva. O importante é aprender para ensinar e
praticar – não para aumentar o próprio ego, julgando-se melhor do que o outro, simplesmente porque
acredita que sabe mais.
Nesta semana a
combinação das sefirot resulta em yesod shebehod. Interessante
notar que José, que representa a sefirá yesod, é chamado de “touro” por Jacob
na sua benção no leito de morte. Extraímos do boi a lição de auto-aprimoramento
de que devemos trabalhar de forma concentrada ,humildemente e lembrar da
Onipotência divina. Precisamos sempre recordar que D’us nos salvou de nossos inimigos e que em consequência, nada
temos a temer.