Semana
31: Ter Orgulho da Nossa Humilde Ligação com D’us
A
trigésima primeira semana inclui Rosh
Chodesh Iyar, o Dia da Lembrança dos
Soldados Mortos de Israel e das Vítimas do Terrorismo, e Yom Ha’Atsmaút,
data que se comemora a vitória
milagrosa de Israel na guerra de independência. Nesta semana, o cavalo
no Perek Shirá canta sobre que assim como se fixam os olhos dos servos
na mão de seus senhores e os da serva nas de sua senhora, voltam-se nossos
olhos para o Eterno, nosso D’us, e Nele permanecerão fixos até que de nós Se
compadeça (Salmo 123:2).
O
mês de Iyar é representado pela tribo de Issachar. Issachar é descrito
como “o jumento de ossos fortes”, que aceita sobre si a carga da Torá. Como mencionado, este mês também é conhecido
como um mês de healing, pois é
formado pelas letras que simbolizam o verso, “Eu sou D’us seu Curador”.
A
ligação do animal dessa semana com o Dia da Lembrança e Yom Ha’Atsmaút é clara. O cavalo é símbolo de guerra.
Para ilustrar, veja-se a Canção do Mar, que fala de quando o Faraó veio a
cavalo atacar o Povo Judeu, bem como os últimos capítulos do Livro de Jó.
Contudo, o cavalo,
apesar de representar a força, canta constantemente à procura da misericórdia de D’us. E assim como o verso do cavalo,
esperamos e sofremos muito para D’us
nos favorecer de modo a que possamos morar
em nossa Terra Sagrada novamente. De forma similar, este verso se refere àquele
que está doente ou ferido, que reza e espera para que D’us o cure.
Ensina Ben Azai no
Pirkê Avot que sejamos rápidos para executar uma mitsvá “fácil”, e fujamos da transgressão. Pois, uma mitsvá atrai outra mitsvá, e uma transgressão atrai outra. A recompensa de uma mitsvá é uma mitsvá, e a consequência de uma transgressão é outra transgressão
(Cap. IV-2). Assim como uma mitsvá leva a outra, a cura física e
espiritual normalmente vem aos poucos, como a própria contagem do ômer.
Ben Azai também
dizia para não desdenharmos a ninguém, e não rejeitarmos nada, pois não há
ninguém que não tenha a sua hora, e não há coisa que não tenha o seu lugar
(Capítulo IV:3). A ligação com o dia de
Yom Ha’Atsmaút é parecida com a do verso do cavalo: finalmente
tivemos a nossa hora!
Nesta semana a
combinação das sefirot resulta em tiferet shebehod, com a qual
com paciência e equilíbrio, degrau por degrau, iremos subir na escalada da
aproximação e serviço a D’us.
Para tanto, devemos mirar no exemplo do cavalo pois nada mais somos do que
servos da vontade divina.
Portanto, esta é a
grande lição de auto aprimoramento: termos orgulho da nossa humilde ligação com
D’us e sabermos que a jornada até Ele pode ser lenta, mas é segura.