Semana
19: Sentir a Proximidade de D’us, Mesmo Quando Esta Aparenta Estar Distante
Na décima nona
semana, quando ocorre a festa chassídica de Yud Shvat, o gafanhoto voraz
no Perek Shirá louva e bendiz ao
Eterno, reconhecendo Suas maravilhas, cumprindo com fé e verdade Seus planos
feitos no passado distante (Isaías 25:1).
Yud Shvat rememora o dia do yahrzeit do Sexto Rebbe de Lubavitch,
e celebra a data em que seu sucessor, Menachem Mendel Schneerson virou Rebbe,
exatamente um ano depois.
Nesta semana, que
antecede a Tu B’Shvat, o canto do gafanhoto voraz fala sobre fé, e como D’us por vezes parece distante. O
canto do gafanhoto voraz inclui a palavra etzot, conselhos ou planos, que tem a mesma raiz da palavra etz, árvore.
Como explicado, o mês de Shvat está
relacionado às árvores e à fé. Em pleno inverno, o Povo Judeu celebra Tu’Bishvat,
confiando que as árvores irão florescer em breve.
A conexão do verso do gafanhoto voraz com Yud Shvat
também é muito grande. Bati LeGani, o
último discurso chassídico do
Rebbe anterior e o primeiro do último Rebbe, é sobre como a Shechiná residia
de forma revelada entre nós, mas foi distanciada por pecados cometidos. Contudo,
novamente voltou a se aproximar através dos atos justos dos nossos tzadikim. Por mais de quarenta anos, o
Rebbe se aprofundou sobre o conteúdo deste discurso, que ainda é estudado todo ano nesta data.
O Pirkê Avot
desta semana está no ensinamento do Rabi Chalaftá ben Dossá de Kfar-Chananiá,
ao asseverar que dez homens reunidos e ocupados no estudo da Lei Divina têm o
Eterno com eles. O mesmo acontece sendo cinco, três, dois, e até mesmo um só (Cap.
III:6). Como o canto do gafanhoto voraz e Bati
LeGani, Rabi Chalaftá ensina sobre fé e a presença de D’us no mundo material.
A combinação das sefirot
desta semana resulta em hod shebetiferet. Durante o mês de Shvat ao celebrar as árvores e a
natureza, com gratidão e reconhecimento, temos a capacidade de vislumbrar,
exaltar e ficarmos deslumbrados com a maravilhosa obra divina.
É essa também uma
lição que se extrai do texto do gafanhoto voraz: com humildade, temos de ter fé
e esperança no Criador. Afinal não é
verdade que estamos aqui neste mundo material testemunhando Suas obras? Devemos
lembrar também que D’us está sempre conosco, até mesmo quando Ele parece
distante. Para O sentirmos a nossa volta e dentro de nós, temos só que deixá-Lo
entrar. Neste
sentido, uma vez foi perguntado ao Rabi Mendel de Kotsk, quando ainda menino: "Onde está
D’us?" Ele respondeu: “Aonde O deixamos entrar”.