Daily Insight

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Sunday, October 18, 2009

Semana 10: Confiar na Piedade de D’us


Semana 10: Confiar na Piedade de D’us

Na décima semana o morcego reitera as palavras de D’us, pedindo para Seu povo ser confortado (Isaías 40:1). Entramos definitivamente no mês de Kislev, representado pela tribo de Benjamin. Benjamin é conhecido pela sua grande capacidade de preservar a herança judaica para futuras gerações e por seu auto-sacrifício.[1] O morcego é um animal ligado a este mês, no qual as noites são longas e frias nos países do hemisfério norte.  Este animal tem a capacidade de enxergar até mesmo no escuro. O morcego diz que D’us conforta a Sua gente e foi em Hanuká, mês de Kislev, que o Povo de Israel foi salvo da escuridão espiritual helênica.
            No Pirkê Avot, Rabi Shimon aconselha: “Seja cuidadoso na leitura do Shemá e na prece. Quando orar, não faça da tua prece um ato rotineiro, e sim um rogo de piedade e uma súplica diante de D’us... Não seja malvado perante seus próprios olhos”. O Shemá é a maior expressão de monoteísmo e aceitação de D’us como Rei do Universo por parte do Povo Judeu. A prece mostra intimidade com o Criador. Os gregos aceitavam o conceito de um cosmos, frio e sem preocupação com o ser humano, mas não o conceito de D’us Űnico, Pai Misericordioso.
A sefirá desta semana é resultante da combinação tiferet shebeguevurá, ou seja, a beleza e equilíbrio unidas com força e disciplina. Como explicado, tiferet também significa misericórdia. Ao estar cada vez mais distantes de Tishrei, lembramos da beleza da Torá, pedindo misericórdia a D’us, para atingirmos as resoluções espirituais feitas em Rosh Hashaná e Yom Kippur.
O ensinamento que extraímos para esses dias com o morcego é o de rogar por piedade e comforto, mas também de amparar nossos semelhantes, inclusive os necessitados e oprimidos.



[1] Ryzman,  p. 64 e 232

Sunday, October 11, 2009

Semana 11: Lutar Contra o Mal e Saber Perdoar

Semana 11: Lutar Contra o Mal e Saber Perdoar

            Na décima primeira semana no Perek Shirá a cegonha se dirige ao coração de Jerusalém, clamando que está findo o tempo do castigo e resgatada a iniquidade; pois, em dobro o povo já recebeu da mão do Eterno por todos os pecados (Isaías 40:2). Esse canto da cegonha é uma continuidade daquele “cantado” pelo morcego. Em Hanuká o Templo em Jerusalém foi novamente dedicado a serviço de D’us. A palavra Hanuká significa “dedicação”.
Esta semana marca também o feriado chassídico de Yud Kislev, quando o segundo Rebbe de Lubavitch, o Mitteler Rebbe, foi libertado. A vida do Mitteler Rebbe foi um grande exemplo de pureza, auto-sacrifício e milagres, características preponderantes deste mês.
O Pirkê Avot desta semana é ensinado pelo Rabi Elazar que alerta para que o indivíduo aprenda a combater os epicuristas (heréticos), assim como, aconselha o ser humano a ser ligeiro e ávido no aprendizado da Torá. Em Kislev e Hanuká, comemoramos o sucesso no combate aos aspectos da filosofia grega que são antagônicos aos valores judaicos. O epicurismo é o exemplo de filosofia grega contrária aos ensinamentos da Torá que tinha o maior apelo junto aos judeus na época de Hanuká.
Rabi Elazar também aconselha: Saiba perante quem trabalhas, e quem é o Mestre do seu trabalho que pagará o seu salário". A ênfase é mais uma vez na conexão direta com D’us e Seu envolvimento com a vida diária – algo que os gregos não aceitavam.
Nesta semana, a combinação das sefirot resulta em netzach shebeguevurá. Portanto, devemos nos inspirar na vida do Mitteler Rebbe, um grande tzadik, e exercer persistência no caminho da Torá.
Em relação ao auto-aprimoramento, através do exemplo da cegonha aprendemos a a ser humildes e pedir perdão, bem como a perdoar em abundância do fundo do coração. Afinal, tudo que acontece vem da vontade de D’us, e estamos vivos pelo exclusivo perdão diário dele.

Sunday, October 4, 2009

Semana 12: Trazer o Calor da Torá aos Lugares Mais Frios


Semana 12: Trazer o Calor da Torá aos Lugares Mais Frios

Na décima segunda semana é a vez do corvo declarar no Perek Shirá que é D’us quem provê a presa quando seus filhotes vagam em busca de alimento (Jó 38:41). Esta semana inclui o dia 19 de Kislev, Rosh Hashaná da Chassidut, o dia em que o Alter Rebbe de Lubavitch foi libertado da prisão e o yahrzeit do Magid de Mezeritch, seu mestre.
A conexão do canto desta semana com o dia 19 de Kislev é a de que a Chassidut tem o poder de elevar até mesmo aquele que está mais distanciado de D’us. O corvo foi literalmente expulso da Arca de Noé. Ademais, o corvo é conhecido pela sua crueldade e indiferença. Contudo, até mesmo o corvo se redime, conforme demonstrado na história do profeta Eliyahu. D’us determinou aos corvos, animal que não alimenta seus próprios filhos, para que trouxessem à Eliyahu comida, e assim foi.[1]

No Pirkê Avot, Rabi Tarfón nos faz recordar como “o dia é curto, o trabalho é demasiado, os trabalhadores são preguiçosos, a recompensa é grande, e o Dono insiste” (Cap. II:15). Ele também costumava dizer: “Não estás incumbido de completar o trabalho, porém não estás livre para desistir dele; se estudaste muita Torá, te darão muita recompensa; e teu Patrão é confiável em te pagar a retribuição de teu labor; porém saiba que a entrega da recompensa aos justos será no Mundo Vindouro (Cap. II:16)”
Note-se a conexão entre o Ano Novo da Chassidut e o ensinamento do Rabi Tarfón. A Chassidut disseminada pelo Chabad trouxe calor e amor pelo judaísmo no lugar mais frio do ser humano – o intelecto. Geograficamente, a capital do "judaísmo intelectual" era Vilna, na Lituânia.Para lá o Alter Rebbe foi enviado. Mesmo sendo acusado falsamente de traição pelos inimigos do chassidismo e sujeito à pena de morte, com a ajuda de D’us, o Alter Rebbe saiu vitorioso. Depois de ser libertado, o Rebbe  decidiu revelar muito além do que  já havia sido disseminado do chassidismo até então. A Chassidut acendeu um fogo interior para acordar aqueles “trabalhadores” que estavam deprimidos e adormecidos.[2] Foi como um despertador, um alerta espiritual: o tempo é curto; agora é chegada a hora de servir a D’us!
Nessa semana a combinação das sefirot resulta em hod shebeguevurá. Nos inspiramos no Alter Rebbe, que teve a terrível experiência de ter sido aprisionado,  mas com guevurá revelou segredos ocultos da Torá através dos ensinamentos chassídicos do Chabad.
Uma lição que obtemos desta semana é a de que até o corvo e seus filhotes reconhecem a Majestade divina e a importância de suplicar qualquer pedido diretamente a D’us.[3] Portanto, devemos nos inspirar no exemplo do canto do corvo que tem a certeza de que não está só, pois D’us está sempre presente.


[1] 1 Reis 17:2-7
[2] Hayom Yom, 17 de Av, 79a
[3] Salmo 147:9

Sunday, September 27, 2009

Semana 13: Divulgar Milagres, com Orgulho e Humildade

Semana 13: Divulgar Milagres, com Orgulho e Humildade

E chegamos a semana décima terceira, de Hanuká, onde no Perek Shirá o pássaro starling soberbo declara:“Suas sementes serão conhecidas entre todas as nações e seus descendentes entre todos os povos. Todos os que os virem reconhecerão que são a semente que o Eterno abençoou” (Isaías 61:9). Em Hanuká, é mitsvá fazer com que os milagres desta data sejam divulgados aos quatro cantos.
O canto do starling tem um elo importante com os kohanim, cuja identidade é determinada pela semente física masculina. Existem testes de DNA disponíveis que verificam se há um gene "kohen", herança da semente de Aarão, o primeiro sumo sacerdote. Os Macabeus eram todos kohanim, sacerdotes e sumos sacerdotes. Suas ações milagrosas durante os dias de Hanuká fizeram com que a semente de Aarão fosse conhecida entre as nações, e sua descendência reconhecida como a semente que D’us abençoou.
A lição do Pirkê Avot é extraída de Akaviá ben Mahalalel, que ensina: “Reflita sobre três coisas e não chegarás a pecar: saiba de onde vieste, para onde vais, e perante quem, no futuro haverás de prestar juízo e contas. “De onde vieste” – de uma gota fedorenta; “e para onde vais” – para um lugar de pó, larvas e vermes; “e perante quem haverás de prestar juízo e contas” – perante o Rei dos reis, o Santo, bendito seja.” (Cap. III:1). Interessante notar, o Pirkê Avot também fala da semente humana, entretanto, de forma áspera.
Existe uma conexão entre o pensamento de Akaviá com Hanuká, já que esta festividade comemora a vitória contra a cultura helênica e o humanismo, que valorizam o ser humano e o corpo acima de tudo. Akaviá ensina que o próprio foco da vida é D’us e não o ser humano.
Nesta semana, a combinação das sefirot resulta em yesod shebeguevurá. Não podia deixar de ser de outra forma: yesod significa fundação e, nesta semana, celebra-se Hanuká, quando o Povo de Israel, conhecedor de sua fundação religiosa, resistiu com coragem e força a assimilação imposta pelos gregos.
Em relação a lição de auto-aprimoramento, podemos depreender do cântico do starling soberbo que devemos divulgar os milagres que tivemos o mérito de presenciar, mas estando cientes que tudo veio de D’us, o Criador e responsável por todos e tudo.

Sunday, September 20, 2009

Semana 14: Acreditar na Própria Força, que Vem de D’us


Semana 14: Acreditar na Própria Força, que Vem de D’us

Na décima quarta semana, continuação de Hanuká, é a vez da gansa doméstica cantar: “Louve e proclame o Nome do Eterno, divulgue entre todas as nações Seus feitos, entoe cantos e hinos, narre todos os Seus prodígios” (Salmo 105:1-2). O canto da gansa doméstica está ligado a mitsvá de divulgar os milagres de Hanuká. Nesta ocasião, devemos cantar a Ele, fazer música para Ele, e falar de Sua grandeza.
Além de Hanuká, esta semana marca Rosh Chodesh Tevet. Tevet é representado pela tribo de Dan.  Esta tribo é caracterizada pela força - Sansão fez parte desta tribo - e capacidade de multiplicação. Dan só teve um filho, mas com o tempo virou uma das tribos mais numerosas do Povo Judeu.[1] Tevet é considerado um mês difícil, no qual ocorre o jejum do dia dez de Tevet, quando Jerusalém foi sitiada.
Esta semana marca também o feriado chassídico de Didan Netzach, A Vitória é Nossa”, no dia 5 de Tevet. Neste dia, o último Rebbe de Lubavitch conquistou uma grande vitória, mantendo a santidade dos livros sagrados da biblioteca Lubavitch. Como será explicado mais detalhadamente na próxima semana, o mês de Tevet está conectado com a importância de valorizar os livros sagrados. Essa festa também está associada a grande vitória física e espiritual dos Macabeus.
O ensinamento do Pirkê Avot dessa semana pode ser encontrado nas palavras do Rabi Chaniná, suplente do Sumo Sacerdote: “Reza pelo bem-estar do governo, pois se não fosse pelo temor a este, os homens se engoliriam vivos uns aos outros” (Cap. III:2). Sem freio, os mais fortes iriam explorar física e economicamente os mais fracos.
É surpreendente a conexão que se estabelece nesta semana entre a festa de Hanuká na qual o Povo de Israel celebra sua salvação do domínio e exploração helênica, por conta de um grupo de sacerdotes físicamente mais fracos. O ensinamento extraído do Pirkê Avot é do suplente do Sumo Sacerdote.
Nesta semana a combinação das sefirot resulta em malchut shebeguevurá: realeza e ação no mundo material, com disciplina. Isto se aplica perfeitamente a própria dinastia chasmonica dos Macabeus. Os Macabeus eram duros e disciplinados (guevurá) e depois de vencer os gregos tornaram-se reis (malchut).
O que aprendemos nesta semana com a gansa doméstica é sobre a importância de perceber os milagres que ocorrem diariamente a nossa volta, e de sempre agradecer por eles. Recordar e divulgar milagres que ocorrem ao longo da vida é uma excelente forma de sermos mais gratos no nosso dia-a-dia. É exatamente esta qualidade a fonte de benção e felicidade.


[1] Ryzman, p. 77

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