Semana
8: Não Esquecer o Lado Espiritual
Na
oitava semana do ano, quase no final do mês de Cheshvan, o pássaro veloz canta seu reconhecimento de que toda
ajuda vem de D’us, Criador da Terra e dos Céus (Salmo 102:2).
A medida que vamos adentrando no mês de Cheshvan, sentimos que estamos cada vez
mais mergulhados no “dilúvio” de preocupações
e obrigações mundanas. Consequentemente, precisamos da ajuda de D’us para não
perder de vista a importância da espiritualidade.
Nesta semana, o
ensinamento do Pirkê Avot correspondente está nas palavras do Rabi Yehoshúa,
que leciona sobre o pecado: “O olho mau, a má inclinação e o ódio arrebatam o
homem do mundo” (Cap. II:11). Rabi Yehoshúa ensina que o pecado pode nos tirar
deste mundo. Contudo, o verso também tem um sentido positivo: o pecador que se arrepende
verdadeiramente alcança patamares muito acima deste mundo físico.
Existe uma grande
conexão entre o Pirkê Avot com o mês de Cheshvan extraída do
ensinamento do Rabi Yehoshúa. A inundação foi causada porque a má inclinação e
o ódio ao próximo imperavam nessa época. A Torá
nos ensina que havia também muito roubo, ato ligado ao olho mau e desejo do que
não lhe pertence. As pessoas da época ficaram tão materialistas que menosprezaram
o lado ético e espiritual.
A combinação das sefirot
nesses dias resulta em chesed shebeguevurá. O dilúvio começou
aos poucos, dando às pessoas ampla oportunidade de arrependimento, mesmo depois
da chuva ter começado.[1]
A verdade é que o dilúvio não foi de todo ruim pois serviu para purificar o
mundo e propiciou um recomeço.
Nesta semana em
que até o pássaro veloz está consciente da bondade e justiça da onipotência
divina, devemos nos esforçar para seguir este exemplo, e a Ele nos dirigir
sempre. Aprendemos com o pássaro veloz que necessitamos de D’us em tudo e para
tudo. Assim, se estivermos nos sentindo sós e desamparados, devemos seguir o
exemplo desse pássaro e rezar a D’us por ajuda.