Daily Insight

Weekly Cycle



Sunday, November 15, 2009

Semana 6: Pensar nas Futuras Gerações

Semana 6: Pensar nas Futuras Gerações

Na sexta semana do ano judaico, no Perek Shirá, o pássaro canoro enaltece a D’us que o presenteou com um lar seguro para pouso, um ninho para descansar e dar de comer aos filhotes (Salmo 84:4). O verso também fala dos altares de D’us. Como dito, sabemos que em Cheshvan o Terceiro Templo será inaugurado na era messiânica.
No Pirkê Avot, Raban Yochanán ben Zacai, costumava dizer que mesmo aquele indivíduo que aprendeu muita Torá não deve pretender reconhecimento especial, pois foi criado justamente para essa finalidade (Cap. II:8). Além disso, ele pede para seus alunos “sairem e verem” qual o caminho a ser seguido e aquele que deve ser evitado. Este pedido está conectado com o mês de Cheshvan, no qual saimos de um estado de introspecção para nos envolver no mundo material, a fim de garantir nosso sustento. Durante sua vida, Raban ben Zacai partiu de Jerusalém antes da destruição do Templo, em jornada para estabelecer Yavneh, centro de estudo onde ensinou a Torá oralmente, assegurando a sobrevivência do Judaísmo para futuras gerações.
Nesta semana a combinação das sefirot resulta em yesod shebechesed. Esta sefirá, tal como o canto do pássaro canoro, nos faz lembrar a José, representante da sefirá yesod, que tinha a preocupação de prover espiritual e materialmente  sua família e o restante do mundo.
Podemos extrair uma lição preciosa do pássaro canoro. Como explicamos na quarta semana, temos que cuidar dos outros, além de cuidar de nós mesmos. O pássaro canoro nos ensina que precisamos trabalhar para criarmos uma fundação sólida para filhos e futuras gerações, incluindo alunos. Isto pode servir de grande motivação para aquela pessoa que se encontra deprimida.

Sunday, November 8, 2009

Semana 7: Reconhecer a Presença de D’us no Mundo

Semana 7: Reconhecer a Presença de D’us  no Mundo

Na sétima semana do ano, ainda no mês de Cheshvan, a andorinha canta no Perek Shirá anunciando que não pode ficar em silêncio diante de D’us e sim, cantará e agradecerá a Ele para sempre (Salmo 30:13).
Em hebraico a expressão para sempre, l'olam, tem dentro de si a palavra olam, que significa mundo. Olam vem da palavra ehelem, que significa “máscarar” e “ocultar”. É através do nosso envolvimento com o mundo neste mês que conseguimos revelar a presença de D’us, que até então estava oculta.
No Pirkê Avot, Rabi Eliezer ensina que “a honra de teu próximo seja tão querida para ti como se fosse tua própria honra, e não te irrites com facilidade” (Cap. II: 10). Rabi Eliezer ensina que o indivíduo deve arrepender-se um dia antes de sua morte. Entretanto, como ninguém sabe quando vai morrer, cada um deve arrepender-se diariamente.
O dilúvio na era de Noé começou no dia dezessete do mês de Cheshvan. Tal fenômeno não teria acontecido se as pessoas tivessem se arrependido da corrupção e atrocidades cometidas. Noé foi parcialmente culpado por não ter rezado por seus vizinhos, e egoisticamente só ter se preocupado com o próprio bem estar e de sua família.

A sefirá predominante desta semana é malchut shebechesed. Nesta semana se comemora o yahrzeit da Rachel, uma das matriarcas do Povo de Israel. Rachel na cabalá representa malchut e a Schechiná, presença feminina de D’us no mundo. Rachel também tinha muito chesed, constituindo um exemplo perfeito da lição do Pirkê Avot mencionada. Ela preferiu sofrer e deixar  que seu amor casasse com outra mulher, do que envergonhar e ferir a honra de sua irmã Léa.
Durante esses dias extraímos do Perek Shirá uma lição muito importante para a convivência: sempre reconhecer e agradecer a D’us. Até a andorinha reconhece a grandeza de D’us e demonstra sua gratidão eternamente. A andorinha também ensina que ao louvar a D’us não basta só usar instrumentos (como na semana seis), é importante também cantar com a nossa própria voz.

Sunday, November 1, 2009

Semana 8: Não Esquecer o Lado Espiritual


Semana 8: Não Esquecer o Lado Espiritual

Na oitava semana do ano, quase no final do mês de Cheshvan, o pássaro veloz canta seu reconhecimento de que toda ajuda vem de D’us, Criador da Terra e dos Céus (Salmo  102:2).
A medida que vamos adentrando no mês de Cheshvan, sentimos que estamos cada vez mais mergulhados  no “dilúvio” de preocupações e obrigações mundanas. Consequentemente, precisamos da ajuda de D’us para não perder de vista a importância da espiritualidade.

Nesta semana, o ensinamento do Pirkê Avot correspondente está nas palavras do Rabi Yehoshúa, que leciona sobre o pecado: “O olho mau, a má inclinação e o ódio arrebatam o homem do mundo” (Cap. II:11). Rabi Yehoshúa ensina que o pecado pode nos tirar deste mundo. Contudo, o verso também tem um sentido positivo: o pecador que se arrepende verdadeiramente alcança patamares muito acima deste mundo físico.
Existe uma grande conexão entre o Pirkê Avot com o mês de Cheshvan extraída do ensinamento do Rabi Yehoshúa. A inundação foi causada porque a má inclinação e o ódio ao próximo imperavam nessa época. A Torá nos ensina que havia também muito roubo, ato ligado ao olho mau e desejo do que não lhe pertence. As pessoas da época ficaram tão materialistas que menosprezaram o lado ético e espiritual.
A combinação das sefirot nesses dias resulta em chesed shebeguevurá. O dilúvio começou aos poucos, dando às pessoas ampla oportunidade de arrependimento, mesmo depois da chuva ter começado.[1] A verdade é que o dilúvio não foi de todo ruim pois serviu para purificar o mundo e propiciou um recomeço.
Nesta semana em que até o pássaro veloz está consciente da bondade e justiça da onipotência divina, devemos nos esforçar para seguir este exemplo, e a Ele nos dirigir sempre. Aprendemos com o pássaro veloz que necessitamos de D’us em tudo e para tudo. Assim, se estivermos nos sentindo sós e desamparados, devemos seguir o exemplo desse pássaro e rezar a D’us por ajuda.



[1] Gênesis 7:12, Rashi

Sunday, October 25, 2009

Semana 9: Agir Corretamente, Combatendo a Escuridão com Luz


Semana 9: Agir Corretamente, Combatendo a Escuridão com Luz 

            Na nona semana a petrel no Perek Shirá anuncia que a luz é semeada para o justo, e alegria para os de coração reto (Salmo 97:11). Em alguns anos esta semana cai inteiramente no mês de Cheshvan, enquanto que em outros , inclui Rosh Chodesh Kislev, mês de Hanuká. O verso da petrel fala de luz, sementes e proteção aos justos, conceitos basicos de Hanuká, também conhecida como “Festa das Luzes.” Milagrosamente, D’us fez com que os Macabeus, guerreiros justos da semente de Aarão, vencessem os gregos, o maior império da época. Nos anos em que Kislev não começa nesta semana, ocorre uma festa antiga celebrada pelos Macabeus no dia 23 de Cheshvan.    
No Pirkê Avot, Rabi Yossi diz: “Que o dinheiro do teu próximo seja tão precioso para ti como se fosse o teu próprio [dinheiro]; prepara-te para o estudo da TorḠpois não chega a ti através de herança; e que todas tuas ações sejam por amor ao Céu” (Cap. II:12). Este ensinamento está relacionado com Hanuká. Os gregos admiravam a Torá como filosofia e seus conceitos éticos sobre questões financeiras, por exemplo. Contudo,  tentaram extinguir o relacionamento amoroso do Povo Judeu com D’us, proibindo a observância dos preceitos religiosos da Torá. Cabe ressaltar que o Rabi Yossi era um kohen, sacerdote, tal qual os Macabeus.
A combinação das sefirot desta semana resulta em guevurá shebeguevurá. Note-se que para os seguidores da filosofia Lubavitch, a conexão de Rosh Chodesh Kislev com guevurá shebeguevurá é clara. Em primeiro lugar, foi nesta época que o Rebbe sobreviveu a um ataque de coração. Com força e coragem, dignas de grande exemplo, miraculosamente retornou a sua casa em Rosh Chodesh Kislev. De outra parte, com muita tristeza, Rosh Chodesh Kislev marca o dia em que emissários do Chabad em Mumbai, na Índia, foram assassinados. Ao invés de desistir desta missão, o Chabad mandou novos emissários.
A petrel ensina que o mais importante para obtenção da felicidade é ser uma pessoa boa, honesta e justa. Rabi Nachman de Breslev leciona que é fundamental reconhecer tais qualidades, no próximo e em nós, focalizando sempre no aspecto positivo.[1]



[1] Likutei Moharan I:282

Sunday, October 18, 2009

Semana 10: Confiar na Piedade de D’us


Semana 10: Confiar na Piedade de D’us

Na décima semana o morcego reitera as palavras de D’us, pedindo para Seu povo ser confortado (Isaías 40:1). Entramos definitivamente no mês de Kislev, representado pela tribo de Benjamin. Benjamin é conhecido pela sua grande capacidade de preservar a herança judaica para futuras gerações e por seu auto-sacrifício.[1] O morcego é um animal ligado a este mês, no qual as noites são longas e frias nos países do hemisfério norte.  Este animal tem a capacidade de enxergar até mesmo no escuro. O morcego diz que D’us conforta a Sua gente e foi em Hanuká, mês de Kislev, que o Povo de Israel foi salvo da escuridão espiritual helênica.
            No Pirkê Avot, Rabi Shimon aconselha: “Seja cuidadoso na leitura do Shemá e na prece. Quando orar, não faça da tua prece um ato rotineiro, e sim um rogo de piedade e uma súplica diante de D’us... Não seja malvado perante seus próprios olhos”. O Shemá é a maior expressão de monoteísmo e aceitação de D’us como Rei do Universo por parte do Povo Judeu. A prece mostra intimidade com o Criador. Os gregos aceitavam o conceito de um cosmos, frio e sem preocupação com o ser humano, mas não o conceito de D’us Űnico, Pai Misericordioso.
A sefirá desta semana é resultante da combinação tiferet shebeguevurá, ou seja, a beleza e equilíbrio unidas com força e disciplina. Como explicado, tiferet também significa misericórdia. Ao estar cada vez mais distantes de Tishrei, lembramos da beleza da Torá, pedindo misericórdia a D’us, para atingirmos as resoluções espirituais feitas em Rosh Hashaná e Yom Kippur.
O ensinamento que extraímos para esses dias com o morcego é o de rogar por piedade e comforto, mas também de amparar nossos semelhantes, inclusive os necessitados e oprimidos.



[1] Ryzman,  p. 64 e 232

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